sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Mais gafes

Vou contar algumas gafes envolvendo jornalistas. Não citarei nomes. Até porque o intuito não é ridicularizar nenhum colega. Afinal todos nós estamos sujeitos a cometer uma gafe.

Situação 1 – Entrevista coletiva com o então pré-candidato a presidente do Brasil (já faz tempo hein?) Anthony Garotinho.
A repórter de tevê recebe a pauta. Anthony Garotinho vai conceder entrevista coletiva na sala de espera do aeroporto.

Ansiosa, a repórter diz, no carro, que não sabe o que vai perguntar.

- Pergunta sobre as denúncias de corrupção que tem contra ele, sugere o motorista.

- É mesmo.

Sala lotada de jornalistas. Cada um se dirige e faz uma pergunta. Chega a vez da repórter.

- Garotinho o que você tem a dizer sobre as denúncias que existem contra você?

- Que denúncias?

- As denúncias.

- Que denúncias? Se você disser quais são as denúncias eu posso te responder.

- Éééé...Ahhh...éee. As denúncias que existem.

- Já te disse que você precisa dizer quais as denúncias. Que eu saiba não existe nenhuma denúncia contra mim.

Jornalistas se olham. Silêncio. A entrevista continua com a próxima pergunta.

No fim das contas não existia na época nenhuma denúncia contra Garotinho.

Moral da história: nunca confie totalmente no motorista do carro da reportagem.

Situação 2 – Palestra de um ministro do STJ.

Aconteceu com a mesma repórter da situação anterior.

A repórter chega antes de a palestra começar para garantir logo a entrevista com o ministro.

Algumas autoridades conversam no canto do auditório.

A repórter se dirige ao único “estranho” da roda de conversa e...

- Ministro o senhor vai abordar na palestra de hoje...

- Com licença, eu não sou o ministro. Ministro é o meu pai. Vou chamá-lo, interrompe o cidadão.

Quando no ministro começa a se dirigir ao local onde estava a repórter, ela tenta justificar a gafe.

- É que vocês são muito parecidos. Eu me confundi.

Quem estava na hora garante que pai e filho não se parecem nem um pouco. E que os dois se olharam como quem não estava entendendo nada.

Moral da história: antes de entrevistar alguém procure conhecê-lo por foto.


Situação 3 – Encontro de capacitação de jornalistas.


O correspondente internacional de uma grande emissora de tevê, que ministrou uma oficina no curso, se reúne com os participantes durante a confraternização.

Entre uma conversa e outra, um dos participantes indaga:

- É impressão minha ou nos “ao vivos” de esporte você sempre fica nervoso? Você fica nervoso mesmo ou é só impressão.

- Acho que é impressão sua, pois estou acostumado a cobrir esporte. Já cobri cinco Copas, Olimpíadas...

- Ah, deve ser impressão mesmo.

O autor da pergunta relatou que poderia ter ficado calado. Ele ainda acrescentou que certamente no próximo “ao vivo” o repórter iria lembrar dele.

Moral da história: nunca cometa gafe com outro jornalista.

(Fonte: www.filhodapauta.blogspot.com)

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