Vou contar algumas gafes envolvendo jornalistas. Não citarei nomes. Até porque o intuito não é ridicularizar nenhum colega. Afinal todos nós estamos sujeitos a cometer uma gafe.
Situação 1 – Entrevista coletiva com o então pré-candidato a presidente do Brasil (já faz tempo hein?) Anthony Garotinho.
A repórter de tevê recebe a pauta. Anthony Garotinho vai conceder entrevista coletiva na sala de espera do aeroporto.
Ansiosa, a repórter diz, no carro, que não sabe o que vai perguntar.
- Pergunta sobre as denúncias de corrupção que tem contra ele, sugere o motorista.
- É mesmo.
Sala lotada de jornalistas. Cada um se dirige e faz uma pergunta. Chega a vez da repórter.
- Garotinho o que você tem a dizer sobre as denúncias que existem contra você?
- Que denúncias?
- As denúncias.
- Que denúncias? Se você disser quais são as denúncias eu posso te responder.
- Éééé...Ahhh...éee. As denúncias que existem.
- Já te disse que você precisa dizer quais as denúncias. Que eu saiba não existe nenhuma denúncia contra mim.
Jornalistas se olham. Silêncio. A entrevista continua com a próxima pergunta.
No fim das contas não existia na época nenhuma denúncia contra Garotinho.
Moral da história: nunca confie totalmente no motorista do carro da reportagem.
Situação 2 – Palestra de um ministro do STJ.
Aconteceu com a mesma repórter da situação anterior.
A repórter chega antes de a palestra começar para garantir logo a entrevista com o ministro.
Algumas autoridades conversam no canto do auditório.
A repórter se dirige ao único “estranho” da roda de conversa e...
- Ministro o senhor vai abordar na palestra de hoje...
- Com licença, eu não sou o ministro. Ministro é o meu pai. Vou chamá-lo, interrompe o cidadão.
Quando no ministro começa a se dirigir ao local onde estava a repórter, ela tenta justificar a gafe.
- É que vocês são muito parecidos. Eu me confundi.
Quem estava na hora garante que pai e filho não se parecem nem um pouco. E que os dois se olharam como quem não estava entendendo nada.
Moral da história: antes de entrevistar alguém procure conhecê-lo por foto.
Situação 3 – Encontro de capacitação de jornalistas.
O correspondente internacional de uma grande emissora de tevê, que ministrou uma oficina no curso, se reúne com os participantes durante a confraternização.
Entre uma conversa e outra, um dos participantes indaga:
- É impressão minha ou nos “ao vivos” de esporte você sempre fica nervoso? Você fica nervoso mesmo ou é só impressão.
- Acho que é impressão sua, pois estou acostumado a cobrir esporte. Já cobri cinco Copas, Olimpíadas...
- Ah, deve ser impressão mesmo.
O autor da pergunta relatou que poderia ter ficado calado. Ele ainda acrescentou que certamente no próximo “ao vivo” o repórter iria lembrar dele.
Moral da história: nunca cometa gafe com outro jornalista.
(Fonte: www.filhodapauta.blogspot.com)
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
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