quinta-feira, 22 de maio de 2008

Estagiário perdido

A jornalista Marcela Mourão relata uma história que é a cara desse blog.
"Em 98, eu estava com 18 anos no meu primeiro estágio na rádio Band AM. Era a minha PRIMEIRA pauta na rua. No release da prefeitura dizia que a coletiva de imprensa seria no salão nobre (lembro que era com o Fortunatti, estava de prefeito interino). Cheguei lá e não tinha ninguém. Fiquei esperando. Daqui a pouco começou a entrar um monte de gente e sentaram nas cadeiras em volta do salão. Aí uma mulher começou a passar um papel a ser preenchido e depositado numa urna.

NOME DA EMPRESA
NOME FANTASIA
REPRESENTANTE
PROPRIETÁRIO (não lembro se era proprietário, mas era algo assim)
TELEFONE COMERCIAL

aí eu preenchi bonitinho Rádio e TV Portovisão/Rádio Bandeirantes AM/Marcela Mourão/ e tchãtchãtchãtchã..... Bira Valdez

Não tava entendendo absolutamente nada, mas achei que eles estava fazendo um mailing, sei lá... e nada da coletiva. Aí eu cheguei prá essa mulher e perguntei quando o prefeito chegaria.

"Prefeito? Não, o prefeito não vai participar aqui"
"Mas foi anunciada coletiva do prefeito para tal horário.OLHA! (mostrei o release).. já tá atrasada"
"Nâo, aqui não é coletiva do prefeito. Deve estar sendo no gabinete ali na sala ao lado. Aqui é processo de licitação para a 3ª perimetral"
"O quê??????????? Eu acabei de colocar a minha rádio dentro dessa licitação! o Bira vai me matar!"
"Não te preocupa, eles vão ver pelo que tu preencheu no papel que trata-se de um engano. Fica tranquila. Te levo ali no gabinete"

Pelo menos cheguei a tempo de pegar a coletiva e fazer a matéria!

Que vergonhaaaaaaaaaaaaaaaa!!!

terça-feira, 20 de maio de 2008

Fantasmas no Piratini

Na coletiva da governadora Yeda Crucius, na sexta passada, dois fatos foram marcantes para os colegas da imprensa. Com as câmeras posicionadas e os microfones em cima da mesa do gabinete, Yeda começou a falar sobre os programas estruturantes. Lá pelas tantas, concentrada na resposta, a governadora levou um susto. Uma voz surge atrás dela, vindo do além. Era o repórter Gustavo Motta, de fone de ouvidos e microfone em punho, para uma entrada ao vivo. "Que susto. Pensei que fosse um fantasma aqui do Piratini", declarou Yeda ao se surpreender com a presença do experiente jornalista. Poucos minutos depois, outra cena inusitada. Yeda tentava explicar um dos projetos, quando de repente, um dos microfones de TV começa a se mexer sozinho, saindo da mesa, no meio dos outros equipamentos. Era a minha equipe do SBT saindo de fininho no meio da coletiva, para colocar a matéria no telejornal. "Olha secretário, mais um fantasma do Piratini", observou a governadora, provocando mais gargalhadas dos jornalistas.


Bola nas costas

Faltou bom senso aos colegas do Diário Gaúcho. Na edição de hoje (20.05), sobre denúncia de corpos escondidos numa clinica de maus tratos, em Guaíba, a jornalista Carolina Rocha divulgou o pedido da Policia para fazer buscas no local (pág.28). A Justiça ainda está analisando o mandado. Com a notícia, certamente deu tempo para alguém esconder ou tirar as provoas que poderiam ajudar nas investigações. Às vezes, na ânsia de divulgar a matéria, prejudicamos a Polícia, que depois não passa mais informações para outros colegas.