domingo, 14 de fevereiro de 2010

Opinião: O lucro vale mais que a vida

SOB O SOL ESCALDANTE
Jogar futebol com sensação térmica de 44 graus ou mais é desumano. Mas parece que o contrato de televisionamento do Gauchão vale mais do que a vida dos jogadores. A gente até entende que envolve muita grana de patrocinadores e horários fechados na grade de programação. Só que é preciso bom senso e respeito aos profissionais (o Batista que o diga, após desmaiar na cabine do Olímpico). O pior foi ver editoriais e colunas defendendo o mercantilismo do lucro, da letra fria da negociação, esquecendo que existem seres humanos envolvidos e não máquinas. Através de um acordo com a Federação Gaucha de Futebol, o Sindicato dos Jogadores do RS conseguiu mudar os horários dos jogos nos dias mais quentes. Quando chegar em 35 graus ou mais, a partida é adiada por uma hora. Só que no sábado passado (13) a temperatura chegou aos 36 graus, mas a RBS não podia adiar o horário, senão invadia a grade da Globo. E o que vale nessa hora ? O lucro, a letra fria dos contratos comerciais. E teve um jogador do Pelotas que sofreu desidratação após a rodada. Se um deles passar mal em campo, a responsabilidade será de quem ?

sábado, 25 de abril de 2009

MAURO SARAIVA JUNIOR ESCREVE

"Gostaria de processar a dupla pelo comentário, dizendo que é mentira. Mas infelizmente é a pura verdade. Estava preocupado em passar as informações sobre um determinado acidente. Queria os detalhes do visual do acidente e como estava o trânsito no momento. No final do boletim assinei, para o Guaíba Notícias (e parei). Então pensei. Como é mesmo meu nome. Foi grande o grande Elvino me socorreu – “Mauro Saraiva Júnior”. Difícil acreditar, mas como falei, é a pura verdade. Mas se o pessoal ficou sabendo da minha “babada”, fiquem sabendo dessa também. Nosso querido colega Marcelo Magalhães já assinou no final de um boletim, - MarcelA Magalhães. Isto mesmo, assinou com se fosse uma senhora, no feminino MARCELA. Pagando mico mas entregando os colegas também.
abração"

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Cachorrada ao vivo

Programa Gaúcha Hoje, sexta dia 05/12. O repórter Jocimar Farina é chamado para dar um ambiental para os ouvintes sobre o clima às 6h30min da manhã. "Prá quem tá saindo de casa agora, tá friozinho, é bom se agasalhar..." No meio do boletim vários cachorros começam a latir. O apresentador Macedão não perde a chance e lasca:" Que cachorrada é essa aí Jocimar ? Tu tá aonde ? Em casa ?" Meio sem jeito, e com aquela risadinha de vergonha, o repórter arremata: "Estamos acompanhando uma operação da Polícia, Macedo, e por enquanto não posso dizer onde estamos. É sigilo". A sorte do repórter é que em qualquer vila de Porto Alegre ou da Região Metropolitana os latidos são os mesmos. Assim os bandidos não sabiam onde tava a Polícia.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

PERIGO! PERIGO!


Repórter de TV entrar ao vivo em rádio é um perigo.
Chamada Geral, 17hs, o apresentador Túlio Milman chama a repórter da RBS TV de Santa Catarina, ao vivo, para atualizar as informações sobre as vítimas da tragédia.
- Alô Fulana, direto de Santa Catarina.
- Oooiiii ? (parecia estar distraída, fazendo outra coisa).
- Oi Fulana. Já estamos no ar, pode falar (Tulio não perde a pose).
- Oi Nélio, tudo bem ! (numa expressão de alegria ao falar com um conhecido).
(Silêncio no estúdio) - Aqui é o Tulio, Fulana. Mas é uma honra ser comparado ao Nélio (Tulio improvisa prá não ficar chato).
- A moça começa ler o texto meio sem graça, e dispara no texto para sair logo do ar.

Se você sabe de outras histórias parecidas, escreva para wilsonsrosa@ig.com.br.

sábado, 22 de novembro de 2008

Belas nas telas


Fugindo um pouco do propósito deste blog, chama a atenção a beleza de nossas repórteres de emissoras de TV de Porto Alegre. Elas se destacam pela beleza e discernimento em frente às câmeras. A beleza da mulher gaúcha está bem representada na telinha.
1) Carla Fachin (RBS TV)
2) Daniela Silva Pinto (SBT)
3) Ediene Ferigolo (SBT)
4) Priscila Casagrande (Record)
5) Carolina Aguaidas (Band TV)
6) Fernanda Farias (Band TV)
7) Kellen Caldas (Record)
8) Daniela Ungaretti (RBS TV)

Se alguém lembrar de outras, mandem e-mail para wilsonsrosa@ig.com.br.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Estagiário perdido

A jornalista Marcela Mourão relata uma história que é a cara desse blog.
"Em 98, eu estava com 18 anos no meu primeiro estágio na rádio Band AM. Era a minha PRIMEIRA pauta na rua. No release da prefeitura dizia que a coletiva de imprensa seria no salão nobre (lembro que era com o Fortunatti, estava de prefeito interino). Cheguei lá e não tinha ninguém. Fiquei esperando. Daqui a pouco começou a entrar um monte de gente e sentaram nas cadeiras em volta do salão. Aí uma mulher começou a passar um papel a ser preenchido e depositado numa urna.

NOME DA EMPRESA
NOME FANTASIA
REPRESENTANTE
PROPRIETÁRIO (não lembro se era proprietário, mas era algo assim)
TELEFONE COMERCIAL

aí eu preenchi bonitinho Rádio e TV Portovisão/Rádio Bandeirantes AM/Marcela Mourão/ e tchãtchãtchãtchã..... Bira Valdez

Não tava entendendo absolutamente nada, mas achei que eles estava fazendo um mailing, sei lá... e nada da coletiva. Aí eu cheguei prá essa mulher e perguntei quando o prefeito chegaria.

"Prefeito? Não, o prefeito não vai participar aqui"
"Mas foi anunciada coletiva do prefeito para tal horário.OLHA! (mostrei o release).. já tá atrasada"
"Nâo, aqui não é coletiva do prefeito. Deve estar sendo no gabinete ali na sala ao lado. Aqui é processo de licitação para a 3ª perimetral"
"O quê??????????? Eu acabei de colocar a minha rádio dentro dessa licitação! o Bira vai me matar!"
"Não te preocupa, eles vão ver pelo que tu preencheu no papel que trata-se de um engano. Fica tranquila. Te levo ali no gabinete"

Pelo menos cheguei a tempo de pegar a coletiva e fazer a matéria!

Que vergonhaaaaaaaaaaaaaaaa!!!

terça-feira, 20 de maio de 2008

Fantasmas no Piratini

Na coletiva da governadora Yeda Crucius, na sexta passada, dois fatos foram marcantes para os colegas da imprensa. Com as câmeras posicionadas e os microfones em cima da mesa do gabinete, Yeda começou a falar sobre os programas estruturantes. Lá pelas tantas, concentrada na resposta, a governadora levou um susto. Uma voz surge atrás dela, vindo do além. Era o repórter Gustavo Motta, de fone de ouvidos e microfone em punho, para uma entrada ao vivo. "Que susto. Pensei que fosse um fantasma aqui do Piratini", declarou Yeda ao se surpreender com a presença do experiente jornalista. Poucos minutos depois, outra cena inusitada. Yeda tentava explicar um dos projetos, quando de repente, um dos microfones de TV começa a se mexer sozinho, saindo da mesa, no meio dos outros equipamentos. Era a minha equipe do SBT saindo de fininho no meio da coletiva, para colocar a matéria no telejornal. "Olha secretário, mais um fantasma do Piratini", observou a governadora, provocando mais gargalhadas dos jornalistas.


Bola nas costas

Faltou bom senso aos colegas do Diário Gaúcho. Na edição de hoje (20.05), sobre denúncia de corpos escondidos numa clinica de maus tratos, em Guaíba, a jornalista Carolina Rocha divulgou o pedido da Policia para fazer buscas no local (pág.28). A Justiça ainda está analisando o mandado. Com a notícia, certamente deu tempo para alguém esconder ou tirar as provoas que poderiam ajudar nas investigações. Às vezes, na ânsia de divulgar a matéria, prejudicamos a Polícia, que depois não passa mais informações para outros colegas.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Pedra na cabeça


A pauteira do Correio do Povo, jornalista Josélia Sales, ficou perplexa ao reencontrar um amigo do passado. Ficou espantada com a magreza da criatura. E lascou: "Como emagreceste. Me conta o segredo". E ele, de imediato: "Muita pedra". E ela: "Estás com pedras nos rins?". "Não, muita pedra na cabeça", respondeu o amigo. Ela, sem jeito, tratou de mudar de assunto rapidinho.

"Pateta"


A colega Valéria Reis, correspondente de um jornal da região Sudeste do país no Rio Grande do Sul, recorda de um fato - no mínimo - constrangedor. Há alguns anos ela trabalhava em Santa Catarina e morava em um hotel de Florianópolis. Um outro repórter também residia no mesmo hotel cujo recepcionista era parecidíssimo com o Pateta. E assim era chamado pelos jornalistas. É claro que sempre em off! Eis que um dia, o colega de Valéria perdeu o isqueiro e foi direto na recepção. Acostumado a falar do pobre vivente pelas costas, lascou: "Pateta, me empresta o fogo". Valéria, que o acompanhava, foi acometida de um ataque de risos. O pobre do recepcionista nada falava. Apenas observava a cena. E olha que ele usava um chapéu idêntico ao do personagem de Disney.

Pedro Bacamarte


Um certo repórter de Polícia de um jornal do Interior era tudo, menos repórter. Nas batidas policiais, era ele quem reforçava as equipes da Polícia Civil. O "fusquinha" preto e branco parava na porta do jornal e acionava a sirene. Lá ía "Pedro Bacamarte", com sua leva-tudo preta e um revólver 38 niquelado na cintura. Oras depois voltava ele, com caras e bocas. Entrando na redação, tratava de lançar o revólver sobre a mesa e saía contando os causos: "Hoje pegamo um bando de vagabundo na vila tal". E se vangloriava: "Estou quase sem munição. Vou telefonar para o delegado mandar mais". Ele, que tinha um dente de ouro, inclusive relatava detalhes das caçadas aos bandidos na coluna dominical. E, não raras vezes, era visto marcando com um xis a foto dos "vagabundo" recapturados.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Bicho verde


Quarta-feira, 02/04/2008... Eu, Luciamem Winck, retorno de merecidas férias à redação de minha paixão - o Jornal Correio do Povo. Lá pelas tantas, um "bicho verde" pousa no copo do cafézinho. Espanto o "dito cujo". Ele salta no bloco... Dá um tempo, volta para o copo... Depois vai pra tampa da caneta... E pula na minha blusa... E insiste em me perturbar.. Se esconde no meu cabelo. A colega Taís Diehl rapidamente ataca: "É um fede-fede, cuidado". Eu, que morro de medo de bichos (principalmente insetos esquisitos, aranhas e baratas), pedi apoio do repórter policial Paulo Roberto Tavares. Como um delegado atrás do bandido, ele saltou em minha defesa e mandou o bicho para o espaço. Eu, rapidamente, perguntei. "Paulo, que bicho é esse?". Ele mais do que depressa: "Um bicho verde".

Concurso Universitário de Jornalismo da CNN International


O Concurso Universitário de Jornalismo da CNN International acontece todo ano e agora está na 4ª edição. É aberto para alunos do Brasil inteiro que estejam cursando Jornalismo. O desafio é elaborar uma matéria jornalística televisiva com o tema "A socialização por meio da arte". O autor do melhor trabalho ganhará uma viagem para Atlanta para conhecer os estúdios do canal, e ainda vai ter sua matéria exibida em rede internacional pela CNN. O site do concurso está no ar, no www.concursocnn.com.br. Lá tem o regulamento e mais informações. Dúvidas podem ser esclarecidas com Fernando, no telefone (11) 3711-8131.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Mosquito morde?


A apresentadora do Mais Você, da Rede Globo, descobriu uma caractetística até então desconhecida do "mosquito da dengue". Ela afirma com certeza que o insetor morde. E morde muito. "Cada mosquito morde até dez pessoas". Fantástico, não? Eu nem sabia que mosquito tinha dente! Vivendo e aprendendo!!

Mensageiro Difusora


A Rádio Difusora, onde trabalho em Bagé, mantém há anos o "Mensageiro Difusora", com avisos de utilidade pública para o interior do município e cidades vizinhas. Além disso, no programa, tem relação de documentos perdidos, informações sobre remates, avisos de emprego e ... notas de falecimento. Ao longo do tempo algumas situações entraram para a história. Uma delas é a que vou relatar, mas peço licença para omitir o nome do apresentador, que trabalha por lá até hoje.
Geralmente as notas de falecimento são apresentadas com o cabeçalho (convite para enterro ou algo do gênero), o nome dos familiares, do defunto, horário e local do sepultamento. Alguns locutores encerram com a frase "à família enlutada, nossas condolências", tipicamente da Campanha.

Certa feita o colega se iestraiu e mandou ver:
"Nota de Falecimento. A família do sempre lembrado Fulano de Tal, hoje falecido, comunica que as cerimônias de encomendação e sepultamento acontecerão hoje, às 18h, saindo o corpo da Capela Padre Germano, sala Nossa Senhora das Graças, para a Necrópole local. Os familiares antecipam agradecimentos. As pompas fúnebres estão a cargo da funerária X. Transmitimos a nota de falecimento de Fulano de Tal. À família enlutada, os nossos PARABÉNS".

Dizem as más línguas que o apresentador ficou mudo. A única coisa que se ouvia era a risada do operador de áudio, que chegou às lágrimas. Os ouvintes, corneteiros de plantão, incomodaram o pobre do locutor. Que, é claro, levou uma bronca dos colegas.

(Colaboração Emanuel Müller)

O insubstituível jornalista Pedro Macedo


O jornalista Pedro Fernando Garcia de Macedo (na foto) tem tido pouco espaço para escrever atualmente. Assim, perdem os veículos de comunicação e os leitores do Rio Grande, porque ele possui um dos melhores textos da praça. Não apenas pelo perfeito domínio da língua portuguesa mas, principalmente, por seu conteúdo, algo cada vez mais raro na imprensa do Estado.
Prova disso foi o artigo desassombrado publicado no site Coletiva.net, em 26/3/2008, intitulado “Substituição” . Incrível a repercussão que teve. Recomendo que o leiam antes de seguir adiante. Vale a pena refletir a respeito.
O Pedro é assim: um sujeito de grande personalidade, cuja lealdade aos amigos chega a ser espantosa. Prova disso está em seu Perfil, intitulado "Sensibilidade para o jornalismo" publicado no Coletiva.net em 5/1/2007.
Na época teve o recorde de comentários, fato que foi noticiado no site. E me inspirou a detalhar algo que revelavam: a afeição pelo extraordinário amigo.
Escrevi então o artigo “Pedro Macedo: o dom da amizade”, em 11/1/2007. Relembro os fatos porque tenho recebido manifestações preocupadas. Até sugeriram que o Pedro pode estar com algum pensamento mórbido. Calma.
Conheço esse sujeito nascido em Bagé em 29/06/1948, filho da dona Aurora o suficiente para assegurar: ele está de bem com a vida. A diferença é que, ao contrário de engolidores de sapo, diz o que pensa. E dorme o sono dos justos.

Vou ilustrar com um fato que poucos conhecem e anexo um documento inédito.

Em 1985, comandei a brilhante equipe de esportes de Zero Hora, integrada pelo Flávio Dutra, Mauro Toralles, Nico Noronha, Jones Lopes, José Evaristo Villalobos, Júlio Sortica, Paulo Burd, Adroaldo Guerra, Luiz Zini Pires, Jakzam Kaiser, Breno Maestri, Cláudio Dienstmann, Eliziário Rocha, Cláudia Coutinho, Vera Daisy, Mário Caminha, Carlos Alberto Fruet, Márcio Câmara, Ademir "Chimba" e o saudoso Evaldo Gonçalves, entre tantos outros. Além dos colunistas Paulo Sant’Ana, Cid Pinheiro Cabral, Ruy Carlos Ostermann, Carlos Nobre, Lauro Quadros e João Carlos Belmonte. Era um time da pesada.
Em maio daquele ano, seria realizada a tradicional corrida de cavalos em cancha reta na cidade de Santa Bárbara do Sul. Me ocorreu enviar alguém neófito em turfe, a fim de relatar as histórias do ambiente com nova visão. Escalei o Pedro. Não havia carro disponível e ele pegou carona com o ex-cronista de turfe de ZH, o falecido Roberto Franco. Sem fotógrafo, Pedro contratou um profissional local. O material publicado teve grande repercussão. Mas por ordem superior, Pedro não recebeu o reembolso de Zero Hora pelas despesas fotográficas que pagou.
No final de 1985 fui para Florianópolis formar a equipe que lançou o Diário Catarinense. Convidei Pedro para fazer parte da equipe. Desfalquei o Nilson Souza, que assumiu o esporte da ZH, ao levar também Jakzam, Breno e Zini.
No início de 1986, anunciaram resultado dos ganhadores do tradicional Prêmio ARI – Associação Riograndense de Imprensa –, o principal do Estado. E a matéria vencedora na categoria de Reportagem Esportiva foi… exatamente a de Pedro Macedo sobre as corridas de cancha reta de Santa Bárbara do Sul.
Ficamos eufóricos e o diretor da mídia impressa da RBS liberou uma passagem aérea Florianópolis-Porto Alegre para que ele estivesse presente na cerimônia. No dia do embarque, o Pedro entregou-me duas laudas datilografadas e disse:

- Esta é uma cópia, apenas para o teu conhecimento. O original já foi remetido.

Quando terminei de ler, quase caí da cadeira. Hoje, 22 anos depois, reproduzo a seguir o texto que guardei até hoje porque trata-se de documento histórico.

Antes, duas providências:
1º - Pedi autorização ao Pedro para torná-lo público
2º - Retirei o nome do destinatário porque não é o que importa nesse contexto

Eis a sua íntegra:

Florianópolis, 7 de maio de 1986.


De: Pedro Macedo
Para: (omitido)

Assunto: Merda

"Confesso que neste momento ainda estou um pouco confuso. Em maio do ano passado, tu me disseste – pena que sem testemunhas – que a matéria sobre a cancha reta de Santa Bárbara do Sul não interessava ao jornal. Ainda assim, a editoria de esportes de ZH, dirigida pelo Emanuel, na época, levou a idéia adiante e resolveu publicar a matéria. Eu também decidi que os Cr$ 200 mil que paguei a um fotógrafo local não me fariam tanta falta se o jornal não me reembolsasse, como na verdade aconteceu.
Agora, quando está bem perto o dia da entrega do Prêmio Ari de Reportagem Esportiva, penso de novo naquela tua avaliação da matéria e tenho o direito de concluir que estavas equivocado. Mas também admito que enganados podem estar todos os outros envolvidos neste troço. Se me disseres que a comissão de pessoas que julga as matérias inscritas no Prêmio ARI é uma merda, tenho que aceitar esta opinião porque estarias simplesmente exercendo um direito teu.
Mas também tenho eu o direito de tirar algumas conclusões: se a comissão é uma merda, o prêmio também é uma merda. E se tudo isso é verdade, um jornal que dedica mais de meia página – como fez a própria ZH – para divulgar os resultados de um concurso desses, também é outra merda, exatamente o que se pode dizer de seu diretor-editor.
Como não concordo que o diretor-editor de ZH seja um merda (não estaria no cargo se o fosse) também não considero ZH um jornal de merda e acho justo o espaço dedicado aos resultados do Prêmio ARI de Reportagem. Conseqüentemente, a editoria de esportes de ZH agiu bem ao publicar a matéria sobre a corrida de cancha reta de Santa Bárbara do Sul e melhor ainda ao decidir inscrevê-la no Prêmio ARI, um concurso que, justamente por sua seriedade, está completando 25 anos.
A importância do Prêmio ARI ainda foi confirmada esta semana pelo diretor da mídia impressa da RBS, Marcos Dvoskin, que não apenas me liberou para estar no Palácio Piratini no dia da entrega solene dos prêmios (que, segundo ZH, será feita pelo próprio governador do Estado) como ainda autorizou o pagamento de passagem aérea Florianópolis-Porto Alegre-Florianópolis. "Isso é muito importante para a Zero Hora", me disse o Marcos. E foi a partir dessa frase que comecei a pensar em tudo o que escrevi até agora sobre o assunto.

Um abraço
Pedro Macedo

C/cópia para Marcos Dvoskin

Observação: Ainda não sei o valor do prêmio em dinheiro, mas imagino que é pouco maior do que precisei pagar para proporcionar a publicação do material.”

Fiz questão de resgatar esse conteúdo inédito a fim de tranqülizar os amigos de Pedro Macedo. Ele é exatamente assim: autêntico, bem humorado, irônico e capaz de transmitir fielmente o que pensa. Como ocorreu com o artigo “Substituição”, que tanto repercutiu entre os comunicadores locais.

Tenho certeza: logo seremos brindados com seu texto arguto em um veículo onde haverá espaço para esse talento que dignifica a atividade jornalística.

(Publicado por José Emanuel Gomes de Mattos no blog.emanuelmattos.com.br)

terça-feira, 25 de março de 2008

Convite para enterro


Em outra emissora, Lantieri fazia a locução de um noticioso que se encerrava com a leitura de um convite para enterro. "Faleceu na noite de ontem fulano de tal. O velório foi realizado na capela do hospital e o sepultamento ocorrerá hoje, no Cemitério São Miguel e Almas, às 16 horas". Ao conferir o relógio da parede e vendo que faltavam apenas 10 minutos para o horário anunciado, Lantieri achou uma saída, e improvisou:
- Na verdade, está em cima da hora do enterro, mas se ou ouvinte apressar o passo ainda pode alcançar o cortejo fúnebre na lomba do cemitério...

(Colaboração e texto Antônio Goulart)

Repórter opiniático


Sempre que se fala em mancadas ou situações inusitadas no radiojornalismo gaúcho, a figura de Ênio Lantieri é sempre lembrada. Falecido há poucos anos, esse profissional, que atuou em várias emissoras do Rio Grande do Sul, encerrou sua carreira na antiga estatal Empresa Brasileira de Notícias (EBN), hoje Radiobrás. De fala fácil e forte personalidade, não costumava primar pela moderação, pelo contrário: tomava decisões na hora, muitas delas fora dos padrões ortodoxos. Certa vez, ao acompanhar a apuração dos votos para a escolha do candidato do PTB que concorreria à prefeitura de Porto Alegre, Lantieri, falando ao vivo pela Rádio Itaí, perguntou ao deputado federal Paulo Mincarone a que ele atribuía a derrota de Wilson Vargas, então secretário do governo do Estado, para Loureiro da Silva. Resposta do parlamentar:
- Certamente que à equivocada política de salários do governador Brizola, que colocou todo o funcionalismo público estadual contra o PTB.
Lantieri não resistiu e contra-atacou na hora, respeitosamente
- Perdão, excelência, mas a reportagem discorda.
Dizem que o repórter continuou discordando, até ser tirado do ar pela direção da emissora, e ser demitido logo em seguida.

(Colaboração e texto Antônio Goulart)

Comentário Relâmpago


Outra rapidinha de Cachoeira. Mas não foi lá. Foi em Rio Grande. O veterano Cachoeira Futebol Clube disputava a segunda divisão. O adversário era o próprio vovô, o Rio Grande. Três rádios acompanhavam o "alvi-rubro" da Princesa do Jacuí. A Cachoeira, a Princesa e a Fandango. Lá esta eu, narrando, nem lembro mais por qual.
O Jacy Oliveira da Rosa (popular "Nega Véia"), ex-jogador do próprio Cachoeira, comentando. Figura muito querida e folclórica no município, o Jacy usa óculos de tartaruga, geralmente com hastes meio desencontradas. E o "balcão" nas velhas cabines era alto. Bola no meio do campo. O juiz ia apitar o começo do jogo. O Jacy deixou cair a planilha e tudo mais o que tinha em cima. E mergulhou para o chão, atrás dela. O Cachoeira sai com a bola. Em três toques para trás, sempre recuando, a defesa se atrapalha e o centroavante adversário faz um gol com segundos de jogo.
O Jacy recém tinha encontrado seus papéis e vinha subindo de novo. Óculos meio atravessado, ele me ouve gritando gol, espantando com a bobeira da defesa. Chamei o comentarista.
- Um zero para o Rio Grande. Menos de 17 segundos... (gritei)
- E aí Jacy Oliveira da Rosa? (lhe estendi o microfone)
Ele me olha apavorado, pois não tinha visto nada. E no desespero, com a espontaneidade que Deus lhe deu, lascou:
- Mas jáááááá?????????
O pessoal em volta não sabia se chorava com o gol ou morria de rir da saída do Jacy.

(Texto e colaboração Vilnei Herbstrith)

"Las Focas"


Quando repórter era das mais xeretas... Perguntava tanto em coletivas que parecia uma "foca". Excesso de zelo... Matérias impecáveis. Hoje, Jurema Josefa é chefe de reportagem do CP. E nessa função mais chora do que ri. Basta o repórter apresentar a ela um texto relatando algum drama, ou algum sofrimento... Ela se derrama e soluça... As choradeiras são conhecidas de todos... Mas sempre que pode a "Jur" pega a canetinha e vai à luta... Está no sangue... E na emoção de ser jornalista. Outro dia, em Punta, no Uruguai, ela ficou realizada ao encontrar uma placa com indicativo do nome da rua... Nem aproveitou o final de semana... Retornou com duas matérias especiais... Tem muito coleguinha querendo passar longe da tal placa... Afinal, eles têm mdo de se "contaminar" pelo vírus da placa.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Mico ao vivo na Festa de Navegantes


Essa foi me foi relatada pela Karina Chaves, que hoje é produtora da equipe do SBT Brasil no RS. Fevereiro de 96. A TVE transmitia ao vivo a Festa dos Navegantes. A repórter Cristina Adami estava no meio da multidão e deveria entrar na programação com um dos fiéis. Karina Chaves estava de produtora, começando a carreira, e pegou a primeira pessoa que passava pelo local. Era uma senhora toda de branco, carregando o filho pequeno. Nervosa, a repórter começou a falar da procissão, que reúne milhares de devotos todos os anos, que agradececem à santa. "É o caso desta senhora que está aqui com o filho. Certamente ela está pagando uma promessa. Não é minha senhora?" Silêncio. A mulher olhava para a câmera e nada. "A senhora deve estar emocionada com este momento. A senhora veio de onde?" Silêncio. Repórter e produtora suavam frio, quando o menino puxou o microfone e falou: "A gente tá pagando uma promessa, ela é surda-muda", explicou. Mico ao vivo é pior do que babadas no ar.

Celular traiçoeiro


Por que será que o celular do repórter sempre toca no meio das coletivas? Em alguns momentos, o entrevistado até pára de falar ao ser interrompido pela musiquinha do aparelho que está no bolso ou na cintura dos colegas. Algumas vezes pagamos o maior mico por não conseguir atender o celular e segurar o microfone e gravador juntos. Uma repórter da RBS TV passou por uma dessas. Em novembro do ano passado, o Ministério Público anunciou que iria investigar os computadores dos deputados para apurar suspeitas de envolvimento na fraude dos selos. Fomos todos atrás do presidente do Legislativo para saber se ele iria aceitar esta investigação.
Na chegada, o deputado Frederico Antunes foi cercado pelos repórteres de rádio, TV e jornal. Ao meu lado estava o Voltaire Porto (Record), Luci Jorge (Band) e Luciana Kraemer (RBS TV). Engatamos a primeira pergunta sobre as fraudes dentro da Assembléia e o clima ficou tenso. Frederico Antunes começou a responder e um silêncio tomou conta do ambiente.
Dava para ouvir a respiração dos colegas. Todos concentrados na resposta. Então, de repente, começou uma gravação de um bebê dando risada. Era uma gargalhada atrás da outra. O presidente da Assembléia parou no ato e todos começaram a rir. O som vinha do celular da Luciana Kraemer, que não sabia onde se meter. "Coisa de quem está começando agora", ironizou a experiente repórter, que foi traída pela chamada do telefone móvel. Seria o filhinho dela? Alô Luciana, responde.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Capitão Nascimento dos Pampas


Como repórter do SBT, eu (Wilson Rosa) acompanhei dois protestos na Capital: a passeata das mulheres camponesas até a sede da Policia Federal e a invasão do prédio da Fundação Gaúcha do Trabalho pelo Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD). Nas duas manifestações esteve presente o coronel Mendes, subcomandante da Brigada Militar. E aonde ele chega, o clima é de medo e admiração. Comentários dos repórteres: "Chegou o capitão Nascimento, agora o bicho vai pegar. Ele vai mandar todo mundo sair e não tem negociação com o pessoal dos protestos", afirmaram alguns. O oficial é durão mesmo, ao melhor estilo ao anti-herói do filme Tropa de Elite.

BABADA! 7 HORAS E 50 MINUTOS... DA TARDE!!!



Essa aconteceu no "Rio Grande no Ar" de 18 de fevereiro e foi fantástica. Acabou o último boletim da Mariana Kruse direto da praia e ela me diz isso:

- BOA TARDE, SÉRGIO.

O Sérgio ficou sei lá se besta, sem reação, surpreso, espantado ou o que, mas só respondeu, batendo uma palma e com um sorriso de atônito:

- BOM DIA, MARIANA!

Sensacional!!! Me fez lembrar a piada clássica do Seu Madruga do "10 da madrugada".

Recuerdos: Carla e Reche, ou seriam Ginger e Fred?


Uma coisa que notamos vendo o antigo "Balanço Geral" é que, quando apresentavam as atrações de variedades no final e envolvia música pra dançar, eles acabavam dançando, separados ou juntos (que nem foi um dia que teve uma professora de tango, por exemplo). Uma das últimas aparições da dupla Reche e Carla, dançaram uma música italiana tocada pelo pessoal que foi divulgar a Festa da Uva. E não dançaram mal não, se saíram direitinho. A Carla até tinha jeito, o Reche é que melhorou bastante. Era divertido quando isso acontece. Mais um pouco e podiam fazer com os dois - e juntar no balaio a Aline e até o Juremir - um "reality dance", que nem o "Hoje em Dia" fazia há alguns anos.

domingo, 9 de março de 2008

FRASES PUBLICADAS EM ALGUNS JORNAIS, NOS ÚLTIMOS MESES, NO RIO DE JANEIRO

Jornal do Brasil

"A nova terapia traz esperanças a todos os que morrem de câncer a cada ano."

(Onde? Na cova?)

O Globo

"Apesar da meteorologia estar em greve, o tempo esfriou ontem intensamente."

(O frio não estava filiado ao Sindicato Grevista)

Extra

"Os sete artistas compõem um trio de talento."

(Hã?)

O Dia

"A vítima foi estrangulada a golpes de facão."

(uma nova modalidade de estrangulamento)

O Globo

"Os nossos leitores nos desculparão por esse erro indesculpável."

(De modo algum!)

Jornal do Brasil
"Ela contraiu a doença na época que ainda estava viva."

(Jura?)

Extra

"Parece que ela foi morta pelo seu assassino."

(Não diga!)

Extra


"O acidente foi no triste e célebre Retângulo das Bermudas."

(Gente, até ontem era um triângulo! Vai ver que qualquer dia inventem o CÍRCULO DAS BERMUDAS...)

O Dia


"O velho reformado, antes de apertar o pescoço da mulher até a morte, se suicidou."

(Seria a volta dos mortos-vivos?)

Extra

"A polícia e a justiça são as duas mãos de um mesmo braço."

(Que aberração!)

Jornal do Brasil


"Depois de algum tempo, a água corrente foi instalada no cemitério, para a satisfação dos habitantes."

(Água no além para purificar as almas...)

Jornal do Brasil

"O aumento do desemprego foi de 0% em novembro."

(Onde vamos parar desse jeito?)

Extra


"O presidente de honra é um jovem septuagenário de 81 anos."

(Quanta confusão!)

O Globo

"Quatro hectares de trigo foram queimados. A princípio,trata-se de um incêndio."

(Ah, bom! achei que fosse um churrasco!)

O Dia
"Na chegada da polícia, o cadáver se encontrava rigorosamente imóvel."

(Viu como ele é disciplinado?)

Extra

"O cadáver foi encontrado morto dentro do carro."

(Sem Comentários !!!)

O Dia

"Prefeito de interior vai dormir bem, e acorda morto.“

(acorda?)


(Colaboração: Maria Angélica, de Lages)

Nota Oficial*



Na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul denuncia o impedimento, por parte da Brigada Militar, do exercício profissional de jornalistas na cobertura da ocupação, pelas mulheres da Via Campesina, da Fazenda Tarumã, em Rosário do Sul. Repórteres fotográficos e cinematográficos foram impedidos de registrar a agressão sofrida por mulheres e crianças que estavam na manifestação, inclusive tendo equipamentos profissionais apreendidos. Outra jornalista foi retirada do local pelos policiais.
Vivemos em uma sociedade democrática de direito e não vamos aceitar as velhas práticas do período da ditadura militar. O Código de Ética dos Jornalistas, em seu artigo 2º, inciso V, aponta que "a obstrução direta ou indireta à livre divulgação da informação, a aplicação de censura e a indução à auto-censura são delitos contra a sociedade". O mesmo Código também identifica, no artigo 6º, ser "dever do profissional opor-se ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão".
A Secretaria de Segurança do Estado deve explicações sobre esse fato não só aos jornalistas agredidos no seu direito de trabalhar, mas a toda a sociedade, que foi impedida de ser livremente informada. As constantes denúncias que chegam ao Sindicato revelam que ameaças aos jornalistas têm sido prática constante por parte da Brigada Militar.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS está atento a esse tipo de comportamento e levará o caso à Federação de Periodistas da América Latina e Caribe que, já em sua Carta de Lima, Peru, de dezembro de 2007, exigia dos governos assumir a responsabilidade de garantir a todos os jornalistas o direito à vida, ao trabalho digno, à liberdade de expressão e o direito cidadão à informação.

* Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS

Fotos: Eduardo Seidl/Correio do Povo

quarta-feira, 5 de março de 2008

José Hermeto ... PASCOAL


No meio de 1999 a Estância Capivara, município de Hulha Negra, foi invadida pelo MST. Aí o rebuliço foi grande: imprensa chegando, tráfego intenso, autoridades (policiais e políticas) na volta, além dos protagonistas: colonos do MST de um lado e produtores rurais do outro. O clima estava formado. O MST dentro da fazenda, os ruralistas acompanhando tudo com binóculos, formando uma "barreira" na entrada do local. E nós, pobres repórteres, esperando o desfecho.
Na metade da tarde surge a informação de que o secretário estadual de Agricultura, José Hermeto Hoffmann, estaria no local e falaria com os líderes do MST. Foi mais um agito: câmeras sendo preparadas (naquela época não tinha máquina digital e o pessoal tinha que "testar o equipamento"), cinegrafistas com o seu instrumento de trabalho em punho e repórteres de rádio narrando os fatos e a expectativa. E eu no meio daquele furdunço, observando e comendo um pacote de biscoito Dentinho.
Até que de repente chega o veículo oficial do governo do Estado, trazendo o bendito do secretário (pra resolver duma vez aquela loucura toda, era o que a gente queria). O repórter Mariano Augusto, da Rádio Difusora, se aproxima do veículo, enfrentando alguns protestos por parte dos ruralistas (que queriam toda a atenção só para eles, é claro).
Profissional experiente, o Mariano tentou falar com o secretário. Só que o motorista não quis saber: quase atropelou o glorioso repórter, que tem quase 1,90m. Meio que ainda se recuperando do susto, o Mariano não perdeu a compostura, mesmo quente da cara: "... e acaba de passar em frente à porteira da Estância da Capivara, meio apressado, o secretário estadual de Agricultura José Hermeto... PASCOAL". Né que o pobre do Mariano trocou o nome do político pelo do famoso músico.
Conseguiu fazer com que os jornalistas e ruralistas caíssem na risada. Dizem as más línguas que o pessoal do MST dentro da fazenda, ligado na Difusora, também riu bastante. História singela, mas real...

(Colaboração Emanuel Müller)

Nova do Guigui


Lendo as últimas sobre o Guigui, um dos mais queridos motoras do CP, lembrei de uma que aconteceu comigo. No final de um dia exaustivo de Expointer, o trem do Guigui partiria em minutos comigo e mais uns 2 ou 3 colegas. Eu, louca de cansaço, só queria ir para casa. Mas a fome era demais. Não havia tido tempo de fazer um lanche. Optei por não perder a carona e controlar o estômago. O Guigui, querido como sempre, me disse: "Vai ali fazer um lanche, a gente te espera, ou, se quiseres, vamos pegar uns salgadinhos aqui na frente casa do CP. Estão dando aos montes". Topei. Pois não é que o dito "coquetel" era o estande da Whiskas !! O Guigui havia passado a tarde se deliciando com os tais "salgadinhos".

(Colaboração Caren Mello)

Tributo a Vitor Moraes


Vitor Moraes era um repórter nato. Farejava as notícias tal e qual um cão perdigueiro. Nunca dizia não. estava sempre disposto para viagens, desafiadoras coberturas litorâneas... Era querido por todos... No Jornalismo e na Brigada Militar, onde apesar de nunca ter vestido uma farda, era um "brigadiano" acima de qualquer suspeita. Para Vitor, não havia obstáculos no exercício da profissão. Se pedissem a ele para escrever um editorial sobre Jesus, ele apenas perguntava. "É pra escrever contra ou a favor?". E lá saia ele escrevendo suas preciosidades.

Manual de Sobrevivência



E de repente você é escalado para a cobertura de uma coletiva em Sampa. Até aí, tudo maravilhoso. Viagem de avião, movimento frenético da capital paulista, congestionamento... Tudo é novidade para quem deseja tirar umas férias do ambiente da redação. Mas é preciso estar preparado para os infortúnios da profissão. Eis que a fonte da coletiva paga as passagens aéreas, manda buscar no aeroporto, arca com os custos da hospedagem e - LEIA-SE - do café da manhã. Mas é bom esclarecer que você foi deixado em um dos mais finos e caros hotéis de Sampa. E ao fazer o check in precisa pagar fiança - uma espécie de depósito compulsório para evitar calotes. Se você não tiver um cartão de crédito ou no mínimno R$ 100,00 na carteira não dorme. Isso é o de menos pois tem muita marquise legal em Sampa pra se passar a noite.

Bem, o mais constrangedor é o jantar. Você tem uma diária de R$ 18,00 por refeição e o prato mais barato - macarrão ao alho e óleo - custa R$ 24,00. A latinha do refri ou um tímido copo de suco custam exageradamente R$ 7,00. Se quiser água mineral, sai por R$ 9,00 (o motivo de ser mais caro ninguém explica). Mesmo que não suporte alho, não tem outra alternativa. Ou come... Ou não come e enfrenta uma madrugada terrível de fome. Do contrário, terá que desembolsar no mínimo R$ 80,00 pra comer algo que tenha um mísero pedaço de carne...

Passado o susto e saciada a fome, não ouse aceitar nada que lhe ofereçam sem perguntar o preço pois corre o risco de abraçar uma dívida impagável. Só ouse acessar a Internet no notebook se tiver 3G da Claro e com acesso ilimitado. Isto para não passar vergonha na hora de pagar a conta. Se for tomar banho, certifique-se de que o cheiroso sabonete de glicerina (fragrância mel com rosas) é mesmo de graça. Se sentir sede, tome água da torneira usando a mão com conchinha. Não pegue os copos de cristal.

Não abra o frigobar. Em hipótese alguma. Se tiver a tentação de tomar um suxo "básico", daqueles de caixinha que tem um canudinho colocado na lateral, terá que desembolsar R$ 10,00. Esperamos ter contribuído com os "marinheiros de primeira viagem". Fora do nosso Estado, quem tem olho é rei. É preciso ter olho vivo e pé ligeiro. Do contrário, marcha... E marcha feio... É bom levar à risca as dicas do Manual de Sobrevivência!

sábado, 1 de março de 2008

Outra do Guigui


Tem mais uma maravilhosa que contam do motorista Guigui, que é gente finíssima, ótima companhia nas pautas. Certa vez, durante uma Expointer, Expoleite ou Expoqualquercoisa em Esteio, houve uma coletiva no Parque Assis Brasil e ele desceu do carro junto com o repórter e o fotógrafo. Alguém da assessoria de imprensa ou do cerimonial, que estava recepcionando os jornalistas e registrando os jornais e emissoras presentes, perguntou gentilmente, com a caneta e o bloco à mão: "Bom dia, qual é o seu veículo?" O seu Guilherme não titubeou e respondeu à queima-roupa, bem sério, apontando lá para fora: "O meu veículo é aquela Parati branca estacionada ali." E ele não estava brincando!

(Oportuna colaboração Leonardo Schneider)

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Tributo ao motora Guigui


O Guigui é o que se pode chamar de uma pessoa formidável. Por anos, ele trabalhou como motora do Correio do Povo. Era a alegria dos repórteres e dos fotógrafos, principalmente nas viagens. Ele tinha o dom de dizer palavras erradas – há quem diga que falar errado era o seu marketing pessoal. Ele costumava pedir para os colegas ensiná-lo a falar corretamente. Mas não adiantava. Ele, por mais que se esforçasse pra aprender, sempre trucidava a Língua Portuguesa. Entre as pérolas mais famosas do Guigui estão:

Techas = Texas
Paralepipo = Paralelepípedo
Rua Funrural = Rua Furriel
Popoliche = Pole Position
Esquizofrenia (no coração) = Isquemia
Isquemia (no cérebro) = Esquizofrenia
Monho = Moinho

Não é à toa que muitos o chamavam carinhosamente de “Hortelino”. Fez história. Provocou ótimas gargalhadas... E deixa saudades!!!

Mais uma do comendador


Pois essa foi no Interior. O “comendador” Milton Galdino “da Silva” andava as voltas com a cobertura de um assassinato de repercussão. Trabalhou duro. Encheu um bloco com anotações, offs e declarações bombásticas. Eis que, na hora de escrever o texto, teve que apelar para a memória. Motivo? O bloco sumiu!! Ele não hesitou. Escreveu duas páginas... Êta memória boa tinha o “comendador”. Era uma faculdade ambulante de como ser um ótimo repórter. O primeiro desafio, como sempre dizia, é aprender a driblar as adversidades. E isso ele sabia com maestria. O segundo é ser xereta e destemido. O terceiro... Bem, o terceiro é descobrir que o salário não dura 15 dias.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Os mandamentos do jornalista


Contam os alfarrábios que, quando Deus liberou para os homens o conhecimento sobre a informação, determinou que aquele "conhecimento" iria ficar restrito a um grupo muito pequeno e selecionado. Mas, neste pequeno grupo, onde todos se achavam "semideuses", já havia aquele que iria trair as determinações divinas... Aí aconteceu o pior! Deus, bravo com a traição, resolveu fazer valer alguns dos mandamentos do jornalista:

1º) Não terás vida pessoal, familiar ou sentimental. E qualquer desculpa de falta ou atraso usando estes argumentos será encarada com má vontade pela chefia imediata.
2º) Não verás teus filhos crescerem.
3º) Não terás feriado, fins de semana ou qualquer outro tipo de folga.
4º) Terás gastrite, se tiveres sorte. Se for como os demais terás úlcera, pressão alta, princípios de enfarte, estresse em alto nível.
5º) A pressa será tua única amiga e as suas refeições principais serão os lanches da padaria da esquina, as pizzas no pescoção, ou uma coxinha comprada perto do local onde se desenvolve sua reportagem.
6º) Teus cabelos ficarão brancos antes do tempo, isso se te sobrarem cabelos.
7º) Tua sanidade mental será posta em cheque antes que completes 5 anos de trabalho.
8º) Ganharás muito pouco, não terás promoção, não terás perspectiva de melhoria e não receberás elogios nem de seus superiores e nem de seus leitores. Em compensação as cobranças serão duras, cruéis e implacáveis.
9º) Trabalho será teu assunto preferido, talvez o único.
10º) A máquina de café será a tua melhor colega de trabalho, porém, a cafeína não te fará mais efeito.
11º) Os botecos nas madrugadas serão excelentes oportunidades de ter algum tipo de contato com outras pessoas loucas como você.
12º) Terás sonhos com horários de fechamento, com palavras escritas erradas, com reclamações de leitores, com matérias intermináveis, com gritos ao telefone dos chefes de reportagem e, não raro, isso acontecerá mesmo durante o período de férias.
13º) Suas olheiras e seu mau humor serão seus troféus de guerra.
14º) E, o pior... Inexplicavelmente existirá uma legião de "focas" brigando para ocupar o seu lugar.
15º) Confiarás desconfiando de tudo que veres e tudo que ouvires;
16º) Por mais que faças a melhor matéria do mundo, se não assinares o ponto na empresa, para todos os efeitos não existirás;
17º) Começarás como rádio-escuta, seguirás como repórter de futilidades, permanecerás como repórter de geral quase toda a tua carreira e, quando puderes escrever na área de atuação que te consideras especialista, ou estarás aposentado ou terás virado professor;
18º)Se repórter de TV, cuides de tua aparência; se repórter de rádio, cuide de sua voz; e se répórter de jornal, cuide de sua artrite reumatóide nos dedos;
19º) Não te cases com um(a) colega de profissão: afinal, o assunto em casa sempre vai ser o mesmo. E jornalismo é que nem sexo: se não variares, perdes a vaga;
20º) És jornalista: portanto, não desistas nunca. Tomarás chá de banco, levarás furo, darás "barrigas", sempre terás puxas-saco te elogiando e corneteiros te criticando. Mas, se tiveres bom senso (caso raro) encontrarás alguém que te elogiará e te criticará na hora e na medida certa.

(Colaborações Leonardo Schneider e Emanuel Müller)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Antídoto contra "chupador de matérias"


Houve uma época em que as cabines de rádio da Assembléia Legislativa eram separadas por uma fina parede. Não havia segredo. Todos escutavam tudo. O repórter Gustavo Motta, da Rádio Guaíba, andava desconfiado que um colega da concorrência estava clonando suas matérias. E teve a prova. Entrevistou o então presidente da Assembléia, José Otávio Germano, por telefone, às 9h, para colocar a entrevista no ar uma hora mais tarde. Mas antes que a voz do deputado fosse escutada pelos guaibeiros, o coleguinha da concorrência furou Gustavo Motta. Mesmo sem sonora, resumiu a matéria do colega. Gustavo não deixou por menos.

Deu uma volta para esfriar a cabeça e voltou correndo, tipo gato fugindo de cachorro. Fez de conta que telefonou para a Guaíba e começou a gritar: "Me botem no ar agora". E fez um falso boletim: "O secretário do Desenvolvimento Econômico e Assuntos Internacionais, Nelson Proença, acaba de renunciar ao cargo. Ele reassumirá cadeira no Congresso Nacional. Mais informações no Corresponde Renner. Da Assembléia Legislativa, Gustavo Motta".

Passados uns 30 minutos, o então coordenador de imprensa do Palácio Piratini, jornalista Luiz Fernando Moraes, telefonou para Motta e perguntou: "O que tu aprontaste que o Fulano de Tal quer de qualquer jeito uma entrevista com o Proença?". Mesmo sabendo que tinha caído numa pegadinha, o coleguinha da concorrência não perdeu o rebolado: "Puxa, voltaste atrás na renúncia do Proença. O que houve". Gustavo Motta alfinetou: "Como ficaste sabendo da renúncia se sequer entrei no ar?".

Highlander


Eu fazia Polícia em um jornal de Cachoeira do Sul quando, num fim de tarde de sexta-feira, ligam pra redação e avisam de um acidente grave na área urbana. Gente presa nas ferragens, desespero e tudo mais. Jornal do Interior, sabe como é... O motora e o fotógrafo, por sorte, estavam na redação e em pouco tempo chegamos no local. A ambulância estava saindo com a terceira vítima, se não me engano, e os bombeiros
juntando desencarcerador, mangueira... Na calçada, meio que escorado num muro alto, estava um Chevette com as rodas pra cima. Os bombeiros tinham dado um cortezinho só pra tirar o motorista, que ficou com as pernas presas no carro.

Eis que o nosso motora, ao saber que o pessoal estava relativamente bem - apesar da batida (um caminhão de bebidas tinha juntado o Chevette em uma esquina) -, grita de dentro do carro: "Bah, mas o cara tem que ser o Highlander pra sair vivo". A mulher de um dos passageiros do carro, que havia chegado no local uns dois minutos antes, ouviu aquilo e gritou: "Meus Deus, o Highlander estava no carro? Não, não..." Apavorados, os bombeiros deram meia volta, acionaram o desencarcerador e aí fizeram um estrago no Chevette. Óbvio que não tinha mais ninguém lá dentro. O que ninguém imaginava é que a mulher tinha um filho com um dos feridos e o piá se chamava Highlander.

Não precisa nem dizer a putiada que a mulher deu no nosso piloto, que depois dessa nunca mais se meteu nas pautas, se aproximou dos acidentes... Hoje ele tá aposentado, tem uma casa na beira do Jacuí e passa o dia pescando. Uma lenda.

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Igor Müller - repórter
Jornal Gazeta do Sul
Santa Cruz do Sul (RS)
www.gazetadosul.com.br
www.gazetadosul.com.br/blog
(51) 3715-7947
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Tem que marcar posto!!!


Vou contar essa história sem autorização do Felipe Vieira, pois ele está em Dubai e não tenho contato com os Emirados Árabes. Em junho de 94, eu (WILSON ROSA) era estagiário do setor de rádio-escuta da prefeitura de Porto Alegre. Uma sala cheia de rádios que, de vez em quando, recebia os repórteres das emissoras que cobriam os eventos na área central da cidade. Nesta época a Seleção Brasileira foi tetracampeã mundial nos EUA. E as rádios anunciavam que os craques gaúchos Taffarel, Dunga e Branco iriam chegar em Porto Alegre e seriam recebidos com festa no Largo Glênio Peres, um espaço público que fica ao lado da prefeitura. O então repórter da Gaúcha, Felipe Vieira, falava do local e anunciava que mais de 300 pessoas já estavam no Largo esperando os jogadores. Eu ouvi e fui para janela conferir o movimento. Consegui visualizar no máximo umas 50 pessoas. Para minha surpresa, surge o repórter na sala onde eu estava. Não perdi a chance: "Pô, Felipe, tu disse que tinha umas 300 pessoas aguardando a festa da Seleção e eu só vi umas 50 lá". Resposta do Felipão: "Tu achas que eles deixariam eu entrar, ao vivo, e interromper o programa do Lasier Martins se eu dissesse que o público ainda era muito pequeno e que só tinha poucas pessoas no local?". Com essa eu aprendí que o repórter tem que fazer de tudo para marcar presença nos programas de maior audiência. Como dizia um chefe de reportagem lá na Band: "Repórter tem que marcar posto".

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Delegado Galdino


O veterano Milton Galdino "da Silva" - ele faz questão de dizer o nome completo - foi uma espécie de mito do jornalismo policial. Usava ternos variados e de boa marca. A cor da gravata era a mesma do lenço do bolso do "paletó" e das meias. Finíssimo!! Certa feita, foi cobrir um acidente de trânsito com morte na esquina da Ipiranga com a Vicente da Fontoura. Arrumado daquele jeito e com pompa de "comendador", logo foi confundido por um soldado com o delegado de plantão da Delegacia de Delitos de Trânsito. Teve acesso privilegiado ao local da ocorrência, mexeu no defunto, pegou a identidade, reproduziu a foto 3x4... E se preparava para embarcar na "viatura" de ZH quando o verdadeiro delegado chegou. E foi barrado pelo soldado. De calça jeans surrada e camiseta amarelada não convenceu o praça da BM de que era realmente o "major" do pedaço. Milton Galdino "da Silva" tratou de escapar de fininho...

Madame Satã


Uma certa jornalista da antiga recebeu o apelido de Madame Satã, sobretudo pelo visual. Mas também pela forma espalhafatosa de agir e se expressar.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Comemoração comemorada??? Cruzes!!!


A repórter Débora Oliveira, da RBSTV, entrou no Globo Esporte, no dia 15/02, falando sobre a escolha do Beira Rio para sediar partida da eliminatória da Copa do Mundo de 2010, entre Brasil e Peru. Até aí tudo bem. Mas aí resolveu enfeitar e justificar o motivo da escolha. Lembrou do centenário do Inter, em 4 de abril, e atacou: "A comemoração será comemorada...". Imaginem se não fosse!!!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Celular x Arsenal


Manhã de quinta-feira (14/02). Redação do Correio do Povo. O repórter de Polícia Álvaro Grohmann chega no trabalho todo feliz porque comprou um celular novo. E foi mostrando o aparelho para quem ía chegando. Eis que entra em cena o repórter da Geral Matheus Fontella. E não perde a parada para o colega. "Pois compraste um celular e eu comprei uma pistola Glock 9mm, outra .380, uma submetralhadora Uzi, de Israel, e um fuzil AK-47". Álvaro, surpreso com o arsenal, saiu perguntando: "Vais virar assaltante de banco? Ou testar na redação?". Fontella, que coincidentemente tem o mesmo sobrenome de renomado assaltante de banco dos anos 90 (Astrogildo Pereira Fontella), já falecido, respondeu: "Posso testar aqui, agora". O outro deu um sorrisinho.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Um morto muito doido


Pois o correspondente da Gaúcha no Litoral fez os ouvintes pensarem muito após sua intervenção ao vivo no Chamada do dia 12/02. Motivo: ele falava sobre o velório de um jovem brutalmente assassinado no Litoral no dia anterior. Até aí tudo bem. Só que dizer que, depois de ser velado em Imbé, "o corpo desloca-se para Porto Alegre", aí são outros 500. Morto anda???

Se a moda pega...




Segunda-feira(11/02) na Atlântida, durante o programa das 18h foi colocado no ar um áudio da Rádio Gaúcha de algum programa do Wianey em que entra no fundo de uma entrevista alguém falando alto "olho do cú". Ao que parece o Wianey tinha deixado o microfone aberto. O David Coimbra estava no programa da Atlântida. (Colaboração Mauro Mendes Urban)

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Mato Castelhano


Os hermanos que se cuidem. E evitem de cruzar por um certo município gaúcho. Lá a morte é certa. No sábado (09/02) acidente envolvendo dois automóveis com placas da Argentina resultou na morte de dois argentinos. E o pior é que o nome da cidade já era um aviso: “Mato Castelhano”. Que trocadilho infame, mas que é uma ironia do destino, ah isso é!

(Colaboração Maicon Bock – Correio do Povo)

Bege ou cor de burro quando foge?


Cobertura de Semana Farroupilha em Cachoeira do Sul (que rádio do Interior cobre até enterro desde que o defunto ou parentes paguem a transmissão, rsss). Praça da Caixa D'água, onde ficava o palanque de autoridades, repleta. Em casa como é costume, os que não tinham vindo, ficavam escutando os repórteres. Como coordenador da transmissão, selecionei os melhores em cada posto e junto comigo, no palanque um guasca que falava bem e conhecia tudo das tradições pampeanas. Apenas um imprevisto: o patrocinador, um dono de mercearia, açougue e sei mais lá o quê pediu para colocar o filho de 17 anos na jornada baguala, "pois ele fazia papel de locutor nos microfones do colégio onde fazia o segundo grau"
Como para patrocinador não se nega pedido, coloquei o gajo no lugar mais fácil, a largada do desfile que teria CTGs, piquetes, carroças, cavalos e mais um monte de coisas. Barbadinha... Era só dizer saiu o CTG tal ou o piquete, enfim... Mas como sempre que as coisas podem dar errado, elas dão, o repórter filho do pai da grana não ficou nisto. Queria mostrar conhecimento. Aí saiu esta pérola:

- Vilnei, preciso fazer um registro, diz o infeliz.
- Diga meu repórter, respondi com algum receio.
- Olha, vocês aí do palanque vão ficar de boca aberta quando virem a prenda que vai na frente do piquete... É muito bonita, tá com uma roupa linda e monta um cavalo fantástico "bege".
- Bege?, questionei apavorado...
- Não seria um baio (cavalo com o pelo formado pela gama de pêlos claros amarelados da cor da palha de trigo até a gama bem escura do bronzeado) gritei eu tentando salvar o desastre iminente e a gozação certa no fim...
- Não, diz ele, é bege escuro, talvez um cor de burro quando foge....
- Tá bom, tá bom, deixa o bicho chegar aqui que a gente descobre o pêlo, encerrei desesparado tentando conter o riso que o colega do lado já não segurava.
- Chamei os comerciais e ficamos os dois gargalhando à espera do baio que o filho da esposa do patrocinador tinha batizado de bege ou cor de burro quando foge.

Colaboração:
Jornalista Vilnei Herbstrith - rg. 5982
Diretor-editor do Site Brasil Imprensa Livre
Site: www.brasilimprensa.com.br
Fones: (51) 3225.4066 - 3225.6692 e 84173793
e-mail: imprensa.livre@uol.com.br
Porto Alegre - RS - Brasil

Extra! Extra! Extra!



De primeira!!!

O casal Maurício Boff (Rádio Bandeirantes) e Priscilla Casagrande (TV Record), ambos ex repórteres do Correio do Povo, oficializam a união estável em março. Radiantes, os pombinhos planejam uma viajem pela América Latina.

Atenção coleguinhas da imprensa, vem chá de panelas pela frente!

Preconceito??

O repórter tem a missão de informar. E é por meio de inúmeras perguntas que a notícia é desvendada e toma o corpo que você lê no jornal do dia seguinte. Porém, em meio a tantos questionamentos, nem sempre a pergunta é inteligente. Um exemplo disse ocorreu comigo em dezembro de 2005, logo que entrei no Correio do Povo. Em uma pauta sobre o encontro de adolescentes no Morro da Cruz, em Porto Alegre, com estudantes da Nigéria, de Gana, de Moçambique e da África do Sul, perguntei ao nigeriano se existia preconceito racial no país dele. A resposta: "Como lá, 99% da população é negra, não há preconceito como aqui". Dããn...
(Enviada por Maicon Bock - www.pinblogger.weblogger.com.br)

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Pérolas do Jornalismo

Algumas pérolas do jornalismo já entraram para o folclore e são recontadas em vários locais, só trocando os personagens. Conto de três gafes de jornalistas que ouvi por aí, infelizmente todas mulheres:

1- O movimento está parado

Essa me foi contada por Odacyl Cattete , na redação do jornal O Liberal, de Belém. A repórter teria saído com a incumbência de cobrir o arraial da festa do Círio de Nazaré. Voltou para a redação com a informação: o movimento está parado.

(Será que nem as rodas gigantes do parque estavam funcionando?)
2- O peso da ignorância – essa eu fui testemunha. No início dos anos 90 , Rondônia abriu uma frente de produção de algodão. Promovemos vários eventos para divulgar as variedades testadas. Num deles, o secretário de Agricultura dava entrevista sobre a quantidade de algodão produzida no Estado. A repórter perguntou: um quilo de algodão é igual a um quilo de qualquer coisa?

(Mais pesado é que não é!)

3- Bola de neve – essa eu ouvi recentemente, numa reportagem de TV, no Jornal local. A matéria falava sobre crianças que têm dificuldade de aprendizado, porque têm problema de visão. Um garoto de uns 8-9 anos contava para a repórter que ele demorava a copiar, a professora apagava antes dele acabar, ele não conseguia pegar com os colegas, faltava matéria para ele estudar, ele estava com notas ruins... A repórter complementou a fala do garoto: "Vai se formando uma bola de neve ... " E o garoto: "O que?".

(Falar em bola de neve para associar a idéia de acúmulo de coisas, para um garoto que vive numa região tropical, é um pouco demais, não?)

(Colaboração: http://vbeatriz.zip.net/)

Mais gafes

Vou contar algumas gafes envolvendo jornalistas. Não citarei nomes. Até porque o intuito não é ridicularizar nenhum colega. Afinal todos nós estamos sujeitos a cometer uma gafe.

Situação 1 – Entrevista coletiva com o então pré-candidato a presidente do Brasil (já faz tempo hein?) Anthony Garotinho.
A repórter de tevê recebe a pauta. Anthony Garotinho vai conceder entrevista coletiva na sala de espera do aeroporto.

Ansiosa, a repórter diz, no carro, que não sabe o que vai perguntar.

- Pergunta sobre as denúncias de corrupção que tem contra ele, sugere o motorista.

- É mesmo.

Sala lotada de jornalistas. Cada um se dirige e faz uma pergunta. Chega a vez da repórter.

- Garotinho o que você tem a dizer sobre as denúncias que existem contra você?

- Que denúncias?

- As denúncias.

- Que denúncias? Se você disser quais são as denúncias eu posso te responder.

- Éééé...Ahhh...éee. As denúncias que existem.

- Já te disse que você precisa dizer quais as denúncias. Que eu saiba não existe nenhuma denúncia contra mim.

Jornalistas se olham. Silêncio. A entrevista continua com a próxima pergunta.

No fim das contas não existia na época nenhuma denúncia contra Garotinho.

Moral da história: nunca confie totalmente no motorista do carro da reportagem.

Situação 2 – Palestra de um ministro do STJ.

Aconteceu com a mesma repórter da situação anterior.

A repórter chega antes de a palestra começar para garantir logo a entrevista com o ministro.

Algumas autoridades conversam no canto do auditório.

A repórter se dirige ao único “estranho” da roda de conversa e...

- Ministro o senhor vai abordar na palestra de hoje...

- Com licença, eu não sou o ministro. Ministro é o meu pai. Vou chamá-lo, interrompe o cidadão.

Quando no ministro começa a se dirigir ao local onde estava a repórter, ela tenta justificar a gafe.

- É que vocês são muito parecidos. Eu me confundi.

Quem estava na hora garante que pai e filho não se parecem nem um pouco. E que os dois se olharam como quem não estava entendendo nada.

Moral da história: antes de entrevistar alguém procure conhecê-lo por foto.


Situação 3 – Encontro de capacitação de jornalistas.


O correspondente internacional de uma grande emissora de tevê, que ministrou uma oficina no curso, se reúne com os participantes durante a confraternização.

Entre uma conversa e outra, um dos participantes indaga:

- É impressão minha ou nos “ao vivos” de esporte você sempre fica nervoso? Você fica nervoso mesmo ou é só impressão.

- Acho que é impressão sua, pois estou acostumado a cobrir esporte. Já cobri cinco Copas, Olimpíadas...

- Ah, deve ser impressão mesmo.

O autor da pergunta relatou que poderia ter ficado calado. Ele ainda acrescentou que certamente no próximo “ao vivo” o repórter iria lembrar dele.

Moral da história: nunca cometa gafe com outro jornalista.

(Fonte: www.filhodapauta.blogspot.com)

Gafes de jornalistas portugueses

Jornalista da RTP: "É trágico! Está a arder uma vasta área de pinhal de eucaliptos!"
(trata-se de uma nova variedade de árvores...)

Jornalista da TVI: "As chamas estavam a arder".
(fantástico!!!)

Rodapé do Telejornal da SIC: "O assassino matou 30 mortos."
(era para ter a certeza que estavam bem mortos...)

Jornalista da TVI: "Foi assassinado, mas não se sabe se está morto."
(nada melhor que pedir ajuda ao assassino que matou 30 mortos!)

Jornalista da TVI: "Estão zero graus negativos."

Comentário de uma jornalista sobre o caso Aquaparque: "Os aquaparques têm feito, durante este ano, muitas vítimas, que o digam os dois mortos registados este mês...".

Lídia Moreno - Rádio voz de Arganil: "Quatro hectares de trigo foram queimados... Em princípio trata-se de um incêndio."

A meio de um relato de futebol: "Chega agora a informação... O jogador que há pouco saiu lesionado, foi vítima de uma fractura craniana no joelho."

Jornal da noite, Manuela Moura Guedes: "Um morreu e outro está morto".

Gafes de jornalistas

Freqüentes palavras erradas ditas por jornalistas. Uso excessivo de termos em inglês. "Portuñol". Falta de cuidado. Ao observar uma senhora, com crachá de jornalista, jogar um papel de bala pela janela de um ônibus, lembrei-me de várias incorreções que ouvi de jornalistas de rádio. Uma jornalista de escol, da Rádio CBN, disse, noite dessas: “(...) ele interviu (...)”. Essa jornalista eu até perdôo, pois ela quase sempre se expressa muito bem.
Já outro repórter, da mesma CBN (pelo jeito recém-formado) usa palavras muito estranhas: “alienação fiducitária”, “brinquedos inofensíveis” e etc. Tão grave quanto sujar as ruas da cidade é não utilizar corretamente nosso rico e belo idioma. Aliás, esse também é muito desprezado por vários de vocês, que muitas vezes preferem falar: “éf bi ei”, em vez de “efe bê i”; “éf di ei”, no lugar de “efe dê a” etc. Vejamos, se esses jornalistas, que tanto erram palavras em português, creio não devessem ser tão bons no inglês, não é verdade? E, mesmo que queiram falar tão bem essa língua, deveriam esmerar-se em outros idiomas, especialmente os latinos, pois, palavras francesas são pronunciadas de maneira ridícula, e o “portunhol” parece ser idioma corrente por lá. (Marcelo Conti - marcelo.conti@uol.com.br)

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Entrando pelo cano



Nunca imaginei que teria, um dia, que entrar no esgoto e ficar tão perto de milhares de baratas - e juro que morro de medo delas - para fazer uma das mais empolgantes reportagens da minha vida. Jornalismo é isso!! Tesão, vontade de fazer acontecer, brigar pela pauta... E nessa investida, o colega Ricardo Giusti foi a companhia ideal. Afinal, não é qualquer um que entra (por vontade própria) pelo cano. (Lu Winck) - Fotos Ricardo Giusti/Correio do Povo

Alienígenas


Coleguinha veterano da latinha saiu do sério na manhã de hoje. Saiu com essa no ar: "Não são alienígenas que desembarcaram aqui que vão fazer minha história". Por sorte, poucos entenderam a mensagem cifrada... Há quem aposte que a "novela" terá novos capítulos nos próximos dias. Quem viver, verá!!

Mãe no ar...


Esta ficou famosa na rádio Bandeirantes AM. O estagiário faz-tudo Guilherme Gomes foi designado para uma difícil tarefa: auxiliar na produção do Programa da Tarde. Acontece que ninguém conseguia assumir essa função sem brigar com o apresentador - um conhecido jornalista da Capital. Depois de alguns dias ouvindo as broncas do apresentador e disposto a cumprir a missão de colocar bons entrevistados no ar, Gomes teve um teste final.
O apresentador já estava irritado com a falta de assunto e os entrevistados que não atendiam a produção. Chamou o produtor e chamou todo mundo de incompetente. Gomes tentava tapar os furos e teve que suportar a ira do colega. "E agora, produtor, não vai colocar ninguém no ar para falar neste programa? Coloca a tua mãe no ar, meu", esbravejou.
Passou o intervalo e o apresentador notou que Gomes ligara para alguém. E perguntou quem estava no telefone para ser entrevistado. Gomes escreve e mostra pelo vidro: "Minha mãe tá na linha. Fala com ela". Só não sabemos o que houve depois. Se a mãe dele falou ou não. O Guilherme poderia nos relatar o final desse episódio. Acessa logo Guilherme "Colírio" Gomes.

Gel Lorges


Esta aconteceu na Rádio Guaíba AM 720. O produtor de Esportes Léo Jorge parece estar sempre atucanado. Há alguns anos, quando passava boletim ao vivo da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) fez um encerramento surpreendente e avassalador. Na pressa do furo, errou o próprio nome. E disse: “Da Federação Gaúcha de Futebol, Gel Lorges

BLOG NA MÍDIA III



JORNALISMO | Quinta-feira, 31 de Janeiro de 2008 | 12:45

Luciamem Winck e Wilson Rosa querem ‘democratizar a notícia’

Os jornalistas Luciamem Winck e Wilson Rosa estão lançando um novo projeto dentro do jornalismo gaúcho: o blog Canetinhas e Microfones. O objetivo dos profissionais é ‘democratizar a notícia’ e levar ao público as histórias de bastidores, barrigadas, comentários dos programas de rádio e TV, erros clássicos e revelações do jornalismo do Rio Grande do Sul. “A intenção é revelar e publicar fatos e informações que não foram ao ar. Queremos ter a colaboração de todos os repórteres, produtores, editores e qualquer profissional do meio. Vamos publicar fatos engraçados, inconvenientes, que não se tornaram oficiais e que estão em ‘off’. A idéia é socializar idéias. Não haverá discriminação: do motorista ao apresentador e até diretor da emissora, o que interessa é passar adiante a informação, ou como preferem alguns, democratizar a notícia”, disse a jornalista Luciamem com exclusividade ao site Coletiva.net.
A idéia de fazer um blog sobre os bastidores da profissão surgiu durante uma viagem à China, em 2001. Na época, os profissionais, que acompanhavam a comitiva do então governador do Estado Olívio Dutra, passaram por dificuldades e fatos engraçados por estarem em um país desconhecido. A jornalista Luciamem Winck, que atua no Correio do Povo há 14 anos, é diretora da agência Comunicação Ilimitada. Ela já teve passagens pela Rádio Bandeirantes e pelos jornais Zero Hora, Diário Serrano e Correio Brigadiano. Já Wilson Rosa (ex-Band TV e Rádio) é repórter do SBT. O Blog já está no ar e pode ser acessado através do endereço www.canetinhasemicrofones.blogspot.com. Colaborações (textos e fotos) podem ser enviadas para o e-mail winck64@terra.com.br.

Publicado no site www.coletiva.net

BLOG NA MÍDIA II



Mídia: Luciamem Winck e Wilson Rosa querem ‘democratizar a notícia’

Os jornalistas Luciamem Winck e Wilson Rosa estão lançando um novo projeto dentro do jornalismo gaúcho: o blog Canetinhas e Microfones. O objetivo dos profissionais é ‘democratizar a notícia’ e levar ao público as histórias de bastidores, barrigadas, comentários dos programas de rádio e TV, erros clássicos e revelações do jornalismo do Rio Grande do Sul. “A intenção é revelar e publicar fatos e informações que não foram ao ar. Queremos ter a colaboração de todos os repórteres, produtores, editores e qualquer profissional do meio. Vamos publicar fatos engraçados, inconvenientes, que não se tornaram oficiais e que estão em ‘off’. A idéia é socializar idéias. Não haverá discriminação: do motorista ao apresentador e até diretor da emissora, o que interessa é passar adiante a informação, ou como preferem alguns, democratizar a notícia”, diz a jornalista Luciamem. A idéia de fazer um blog sobre os bastidores da profissão surgiu durante uma viagem à China, em 2001. Na época, os profissionais, que acompanhavam a comitiva do então governador do Estado Olívio Dutra, passaram por dificuldades e fatos engraçados por estarem em um país desconhecido. A jornalista Luciamem Winck, que atua no Correio do Povo há 14 anos, é diretora da agência Comunicação Ilimitada. Ela já teve passagens pela Rádio Bandeirantes e pelos jornais Zero Hora, Diário Serrano e Correio Brigadiano. Já Wilson Rosa (ex-Band TV e Rádio) é repórter do SBT. O Blog já está no ar e pode ser acessado através do endereço http://www.canetinhasemicrofones.blogspot.com/. Colaborações (textos e fotos) podem ser enviadas para o e-mail winck64@terra.com.br.
Publicado no site www.felipevieira.com.br